domingo, 3 de outubro de 2010

Rua Samuel Levy vista da Avenida Beira Rio


Os moradores nesta época não fazem outra coisa além de vigiar o nível do rio que a cada centímetro que sobe desaloja centenas de famílias que vivem as suas margens.
A solidariedade impera na cidade, famílias ajudam e alojam vizinhos, parentes e até mesmo quem não se conhece.
As escolas, as igrejas e outras instituições abrem suas portas para receber doações e repassar para aqueles que precisam.
As estações de rádio e televisão ficam atentas às notícias para que todos fiquem sabendo com antecedência as previsões de chuva ou o seu cessar.

Ponte de Ferro


Avenida Beira Rio em Cachoeiro do Itapemirim




O nível, medido a partir de uma estação telemétrica da ANA (Agência Nacional de
Águas) subiu 4,75 metros acima do nível normal e cota de permanência, que é de 95%.



Os bairros mais atingidos pelas enchentes são Coronel Borges, Baiminas e Aeroporto além dos distritos de São Vicente, Itaóca Pedra e Conduru.

Enchentes de Janeiro

Rua Samuel Levy – ao fundo a Igreja Metodista Central


Essa é minha terra natal Cachoeiro de Itapemirim no estado do Espírito Santo.  Todos os anos nos meses de julho e janeiro estou de viagem marcada para o encontro com a família. Essas cenas fazem parte do cotidiano da cidade no mês de janeiro quando as chuvas chegam com força total atingindo toda região.
As enchentes marcaram minha infância, cresci aprendendo a conviver com ela e a perder o medo das águas violentas do Rio Itapemirim.
Apesar dele nunca ter atingido a minha casa, nunca deixei de temer, da janela assistia o correr das águas que levavam consigo grandes troncos de árvores, móveis, brinquedos, garrafas plásticas e muito lixo.
Embora a situação fosse de calamidade na minha visão era um espetáculo da natureza e as forças das águas levavam ao pensamento de que a natureza precisa ser respeitada.